A esperança: Ameeei s2

7 de dezembro de 2013




Heey guys, hooj resenha sobre Jogos vorazes: A esperança, eu sei, eu sei, não fiz resenha dos outros dois, é por que ainda não li mas em breve terá!


Ficha Técnica 

Título: A Esperança 
Título Original: Mockingjay 
Autor: Suzanne Collins 
ISBN: 978-85-7980-086-3 
Páginas: 421 
Ano: 2011 
Tradutor: Alexandre D’Elia 
Editora: Rocco 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Resenha

E a trilogia Jogos Vorazes chega ao final. Depois de um final desesperador de Em Chamas, o último livro veio para acabar com toda aquela ansiedade dos fãs, no bom sentido claro. É bem verdade que o título, a tradução, trouxe algumas “revoltas” e debates calorosos de “Por que A Esperança?”, mas em nada afetou o enredo, mais uma vez, genial de Suzanne Collins. 

Os vitoriosos são resgatados da arena do Massacre Quaternário. Claro que nem tudo saiu como o esperado. Katniss e Haymitch falharam na promessa de manter o garoto do pão a salvo. Peeta é capturado pela Capital e a sorte não esta nada a seu favor. Para piorar, o lugar em que Katniss costumava chamar de lar foi destruído. O Distrito 12, após a fuga da arena da 75ª edição, foi bombardeado. Sem nenhuma piedade. 

Quando pensamos que após tantas surpresas, nada nos faria ficar de boca aberta, eis que Collins joga a bomba: o Distrito 13 nunca foi subjugado pela Capital. Destruição? Pura encenação para as câmeras. Um Distrito forte, com poder bélico absurdo e com regras jamais questionadas. Comandado com muito rigor por Coin. 

A primeira coisa que eu senti quando li que o Distrito 13 estava firme e bem forte foi revolta. Por que eles simplesmente deixaram os outros 12 Distritos a própria sorte? O13 é mais organizado e mais estruturado que a Capital! Coin chega a ser pior que Snow, então me digam por que razão essa mulher não fez nada durante anos de miséria, fome, morte, sangue inocente derramado? Sendo que tudo começou após a rebelião do “extinto” 13 contra o sistema vigente. Estranho, porém ao decorrer do livro, a gente compreende. E se revolta ainda mais. 

Como disse, Coin é pior que Snow. Snow é muito claro em suas maldades, em seus planos sádicos e em sua postura aterrorizante. Coin gosta de dar a falsa sensação de esperança. De uma sociedade melhor se ela estiver no comando. O que ela sempre quis sempre foi muito claro: o lugar do presidente Snow. Contudo, não pode simplesmente atacar a Capital sem um motivo maior, sem – coloquemos assim – uma aprovação dos outros Distritos sem que haja um símbolo por trás de uma “causa importante”. E esse símbolo é a jovem Katniss, o Tordo. 

Desde o primeiro livro, fica muito explícito o quanto Katniss não queria ter problemas com quem a oprimia. Ela sempre teve uma função bem determinada: ser provedora de sua família. E só. Seu ato na primeira arena foi impensado, não um símbolo de rebeldia. Contudo, foi interpretado dessa forma e desde então a garota em chamas, tornou-se sinônimo de mudança. De uma sociedade que fosse justa, onde crianças não fossem obrigadas a matarem outras para diversão da Capital. E mais uma vez, ela não consegue convencer em seu papel de menina inofensiva. 

Grande parte da população do 12 é assassinada. Aqueles que conseguiram sobreviver, agora se integraram a população do13. E a maior parte da obra está concentrada no subterrâneo onde o antes extinto Distrito 13 cresce cada vez mais forte. Katniss está abalada, tanto no físico quanto na mente, e nós leitores percebemos isso, já que o livro é em primeira pessoa. Não teria como ser o símbolo da revolução. Não conseguiu salvar Peeta, sua casa foi destruída e não tem forças para recomeçar. Para não soltar “O SPOILER”, vou apenas ressaltar que a protagonista aceita por fim ser o símbolo. 

Coin é má e brilhante ao mesmo tempo. E vocês me perguntam por que brilhante. A todo o momento ela usou Katniss para alcançar interesses próprios. Ela fez com que Gale enxergasse nela um comandante que traria mudanças para Panem, mas ao mesmo tempo foi muito relapsa no quesito salvamento de Peeta. Acreditem, se Katniss não fosse “a ponte” para Coin chegar ao poder (lugar de Snow), ela já estaria morta na primeira semana no Distrito 13. 

Katniss, que já tinha sido uma marionete de Snow, virou uma marionete de Coin. Não porque quis, foi induzida. A Esperança é um livro um pouco mais lento sim, mas o seu enredo é maravilhoso. As reviravoltas de Suzanne foram de tirar o fôlego. E as mortes de muitos personagens queridos? Verdadeiros socos no estômago! 
Basicamente o terceiro livro é ambientado no Distrito 13 e ocorrem eventuais saídas, até que a guerra de fato comece. Minha opinião é: Coin teve papel fundamental em grande parte dos acontecimentos de A Esperança. Uma exímia manipuladora, dissimulada, conseguiu – até certo ponto – controlar até as ações do próprio, temido, presidente Snow. Utilizou, sem culpa, a imagem de Katniss para atingir seus objetivos. Uma trama bem construída e amarrada. 

A Esperança é sem dúvida, o livro mais brutal e pesado da trilogia. Collins não deu um final feliz. Quem esperou por isso, com certeza não ficou satisfeito. Não existe um final feliz depois de tantas feridas que dificilmente irão cicatrizar. Katniss, Peeta, Haymitch, Gale e todos outros que viveram, respiraram Panem e foram vítimas de uma edição dos Jogos Vorazes, jamais conseguiram ter um “felizes para sempre”. Podem apenas viver com todos esses traumas e de alguma forma, seguir em frente. Se os outros dois livros já faziam críticas duras a nossa sociedade – alegoria a nossa realidade –, esse último livro é bem mais incisivo quanto o verdadeiro caos que passamos. As distopias tem esse poder de reflexão e tem por obrigação nos alertar, que apesar de um livro de ficção, trata de um problema social e político. O livro é mais do que recomendado. A Trilogia é recomendada. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------
Classificação:



0 comentários:

Postar um comentário







Design e código feitos por Julie Duarte. Layout e customização por Filipe Machado.
A cópia total ou parcial são proibidas, assim como retirar os créditos.